quinta-feira, 10 de junho de 2010

Vem aí o ‘chuveiro flex’, promessa de economia

O vilão na conta de luz de milhões de brasileiros é o chuveiro elétrico, mas um programa do governo federal pode mudar parte disso.

Em entrevista o presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) –  órgão de  planejamento do setor energético do Ministério de Minas e Energia – Maurício Tolmasquim, contou que a partir do próximo ano será lançado o “chuveiro flex”.

A iniciativa é um  chuveiro híbrido, isto é,  funciona com aquecimento solar, mas quando não há sol a água é aquecida com eletricidade. Segundo Maurício, esse é um dos projetos do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento).

No Orçamento Geral da União está previsto que na segunda fase do Minha Casa, Minha Vida as moradias tenham o chuveiro híbrido. A expectativa é atender 2 milhões de moradias de baixa renda. O custo será subsidiado. O investimento previsto é de R$ 4,5 bilhões.

Para famílias com renda superior a três salários mínimos (R$  1.530) existirá uma linha de crédito da Caixa Econômica Federal para estimular a compra em 660 mil residências que possuem o chuveiro convencional.

Economia geral
Maurício afirma considerar o projeto simples, por se tratar de tecnologia já existente, mas entende que o alcance  será muito amplo.

Para a baixa renda, a economia  média será de 40% na conta de luz. Para o país serão 1,2 mil gigawatt/hora economizados por ano. “Vai ser como um horário de verão permanente.

O gasto dos chuveiros é imenso no horário de pico, isso prejudica o sistema elétrico como um todo. Nossa expectativa é até afastar mais os perigos de blecautes no Brasil”, diz.

Aumento de renda
Consumo de classes C, D e E deve crescer 7% ao ano, diz Fecomercio
O consumo das classes C, D e E deve apresentar um crescimento superior das A e B até 2013. É o que aponta um estudo da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo).

O crescimento do consumo das famílias de faixas de renda até dez salários mínimos (R$ 5,1 mil) deve se manter entre 7% e 8% ao ano no período de 2010 a 2013.

Já para as famílias com renda superior a dez mínimos, o ritmo de expansão do consumo deve ser de 4% ao ano até 2013. Os cálculos levam em conta previsões de crescimento do PIB.

Para a Fecomercio, a dinâmica do consumo na classe média tem passado por mudanças nos últimos anos e deve se sofisticar cada vez mais.

A alimentação representa 17% nas despesas de todas as famílias, que chegaram a R$ 93,2 bilhões, segundo dados do IBGE. Nas classes C e D esse peso chega a  27%.