terça-feira, 30 de outubro de 2007

Contribuições físicas e cosmológicas para filosofar no bar


Você já olhou para um céu noturno e se sentiu pequenininho?
Isso não é nada! A Terra é só um planeta no sistema solar. Júpiter, por exemplo, é muito maior.
Isso não é nada! O Sol é só uma estrela menor da Via Láctea. Dentro dessa galáxia existem outros milhões de estrelas e planetas.
Isso não é nada! A Via Láctea é só mais uma galáxia no meio de milhares de outras galáxias do Universo.
Isso não é nada! Existem infinitos universos paralelos!!!

Duvida? A física com a teoria das cordas mostra isso. Esse documentário legendado aí em cima feito pela BBC traz didaticamente essas idéias com os cientistas malucos explicando.
Eles querem chegar numa teoria única para compreender o Universo e sua criação e chegaram a conclusão que o Big Bang, que teria formado tudo o que conhecemos, foi provocado pelo choque de outros universos. E pior: isso deve continuar ocorrendo, ou seja, toda hora nascem universos!!!

domingo, 28 de outubro de 2007

Inocência e loucura


A minha impressão dos Beach Boys sempre foi apenas a de um grupo vocal com letras falando de surf e garotas e músicas bacaninhas com o que seria o príncipio da surf music.
Mas também já li e ouvi falar a respeito de um disco fantástico deles que é tido como uma lenda da música pop: "Pet Sounds" (1966). E, claro, outros mitos incríveis e tristes a respeito do líder e cérebro da banda: Brian Wilson.
Essa semana finalmente ouvi inteiro "Pet Sounds". É simplesmente perfeito!
É complexo musicalmente com arranjos belíssimos, riqueza instrumental com violinos, piano, oboé, guitarra de 12 cordas, entre outros, os vocais maravilhosos do grupo (além de Brian, também cantam seus irmãos Carl e Dennis Wilson, seu primo Mike Love e seu amigo de colégio Al Jardine) e letras falando do amor em suas várias formas.
Só esse tesouro lírico já vale o disco, mas a sua história de gravação é tão ou mais fantástica.
Brian Wilson é conhecido como um gênio da música. Ele é surdo de um ouvido e baixista e pianista brilhante. De modo semelhante à história de Mozart, o pai de Brian, Murry Wilson, educou com mão de ferro seu filho prodígio para ser um famoso músico e compositor.
O pai acabou virando empresário de Brian e do resto da banda, que nos anos 60 realmente se transformou num grupo de enorme sucesso no mundo pop tocando inocentes músicas sobre surf e garotas (quem não conhece Surfin' Safari?).
Mas Brian, com um eterno desejo de auto afirmação, na certa ensinado pelo pai, queria mais, queria revolucionar a música. Aí começam as lendas e verdades sobre ele.
Nessa época os Beatles a cada disco se superavam e reinventavam a música pop. Brian chegou a declarar sobre "Rubber Soul" (1965): "Percebi que cada canção tinha um grande acabamento e que todas eram muito estimulantes e resolvi trabalhar em novas canções. Eu me senti obrigado a competir com os Beatles."
Essa competição de Brian para muitos foi uma obsessão insana. Por conta disso, alega-se que ele entrou em depressão e pediu para abandonar uma turnê dos Beach Boys no Japão. Em 1965, seu único objetivo seria se isolar do estrelato, até certo ponto simplório e que ele mesmo e sua família havia construído, e criar algo totalmente novo e revolucionário.
Brian conseguiu essa alforria de seu pai e da gravadora e foi construir o mítico "Pet Sounds". Praticamente seu único parceiro foi o letrista Tony Asher. Juntos criaram lindas canções sobre o amor idealizado (Wouldn’t It be Nice), a imperfeição das das relações humanas (You Still Believe in Me), sobre o amadurecimento e os efeitos da solidão (That’s Not Me), sobre a perda da inocência, o amadurecimento e o fim do amor infantil, idealizado (Caroline No), entre outras maravilhosas. Foram gravadas duas músicas instrumentais também, Let’s Go Away for a While e Pet Sounds, de riqueza musical incrível.
Se era para competir com os Beatles, "Pet Sounds" realmente é um disco ainda mais maravilhoso do que "Rubber Soul".
George Martin, o lendário produtor dos Beatles, declarou: "Quando eu ouvi pela primeira vez, fiquei estupefato e comecei a perguntar o que era aquilo, pois era fantástico! E quando vamos ficando mais velho, a tendência é adotarmos uma postura cada vez mais comedida com as novidades. Sem ele, jamais teríamos feito Sgt. Pepper's."
Paul McCartney afirmou na época que uma das faixas de "Pet Sounds", God Only Knows, era a melhor canção popular já composta e a única que o fez chorar.
"Pet Sounds" foi um sucesso imediato e absoluto de crítica, mas não vendeu tão bem. E como todo mundo sabe, em 1967 os Beatles lançaram o grande "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band". Diz mais uma lenda que Brian teria ficado arrasado com esse "contragolpe" do grupo britânico e entrado em depressão de vez por não conseguir criar algo ainda melhor do que "Pet Sounds".
Em depressão profunda, Brian virou dependente de drogas pesadas. Os Beach Boys nunca mais foram os mesmos (a não ser com o lançamento em compacto da perfeita música Good Vibrations) e sua carreira solo teve altos e baixos (mais para baixo do que para cima).
Na minha visão ignorante da música, sem dúvida os Beatles ganham dos Beach Boys, mas só na quantidade porque fizeram três obras-primas (Revolver, Rubber Soul e Sgt. Pepper's). Já na qualidade empatam com os Beach Boys.
E também querendo ser advogado do maluco do Brian Wilson, pelo que sei ele carregava os Beach Boys nas costas, os outros integrantes eram vocalistas excelentes, mas só isso. Já os Beatles tinham dois gênios (Paul e John), um guitarrista incrível (George) e o baterista mais legal do mundo (Ringo). Competição totalmente desigual.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

In Rainbows



1. Reinventar a música e ainda fazer sucesso com isso
Como explicar o sucesso de uma banda como o Radiohead? Eles aboliram as melodias convencionais do rock e do pop que 99,9% dos grupos usam. Barulhos, sons eletrônicos diferentes, guitarras de jazz, baterias estranhas e as letras malucas de sempre, nada que alguém tivesse coragem ou capacidade de usar no mundo da música para fazer música boa.
Ter a ousadia de lançar discos como como o "Kid A" e este novo "In Rainbows" deveria ser suficiente para jogar o Radiohead no ostracismo. Este mundo pasteurizado, fútil e efêmero das artes contemporâneas recicla lixo todo o mês, não há espaço para o diferente.
Mas todo mundo baba ovo pelo Radiohead! Ou quase todo mundo, sendo realista. Enfim, há uma espécie de quase consenso entre público e crítica de rock e pop que hoje os caras são os melhores do planeta.
Acho que esse reconhecimento é por causa do "OK Computer", de 1997. Eles fizeram um disco pop tão bom quanto os melhores do Beatles, algo que ninguém mais achava ser possível. Os fãs e reconhecimento duram até hoje, então eles têm carta branca para criarem o que quiserem. Graças a Deus!

2. Reinventar a música e ainda ganhar dinheiro com isso
"In Rainbows" foi lançado dia 10 de outubro apenas no site da banda para venda em MP3 e o consumidor pode ainda definir o preço das faixas. Foi um sucesso, só se falou disso e os caras venderam para o mundo inteiro sem precisar de gravadora.
Quer mais revolução que isso?!
E eu baixei o disco no Soulseek de graça no dia 12 de outubro. Quer mais picaretagem que isso?! Hoje é tão fácil achar música boa na internet, só precisa pagar a conexão para isso. Mesmo gostando e admirando a banda, não tenho mais vontadade (e muitas vezes grana mesmo) de comprar um CD.

Esse é o futuro, todo mundo vai copiar o Radiohead.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

E admitam que as águas que nos cercam se elevaram (em 1964 ele previu!!!)




The Times They Are A-Changin'

Come gather 'round people
Wherever you roam
And admit that the waters
Around you have grown
And accept it that soon
You'll be drenched to the bone.
If your time to you
Is worth savin'
Then you better start swimmin'
Or you'll sink like a stone
For the times they are a-changin'.

Come writers and critics
Who prophesize with your pen
And keep your eyes wide
The chance won't come again
And don't speak too soon
For the wheel's still in spin
And there's no tellin' who
That it's namin'.
For the loser now
Will be later to win
For the times they are a-changin'.

Come senators, congressmen
Please heed the call
Don't stand in the doorway
Don't block up the hall
For he that gets hurt
Will be he who has stalled
There's a battle outside
And it is ragin'.
It'll soon shake your windows
And rattle your walls
For the times they are a-changin'.

Come mothers and fathers
Throughout the land
And don't criticize
What you can't understand
Your sons and your daughters
Are beyond your command
Your old road is
Rapidly agin'.
Please get out of the new one
If you can't lend your hand
For the times they are a-changin'.

The line it is drawn
The curse it is cast
The slow one now
Will later be fast
As the present now
Will later be past
The order is
Rapidly fadin'.
And the first one now
Will later be last
For the times they are a-changin'




OS TEMPOS, ELES ESTÃO MUDANDO

Venha se reunir povo por onde quer que andem
E admitam que as águas que nos cercam se elevaram
Aceitando isto
Logo estaremos ensopados até os ossos
Se o tempo para você vale salvar
Então é melhor começar a nadar
Ou você afundará como uma pedra
Pois os tempos, eles estão mudando

Venham escritores e críticos
Que profetizam com suas canetas
E mantenham os olhos abertos
Que a chance não se repita
E não fale cedo demais pois a roda continua girando
E não há como saber quem será nomeado
Pois o perdedor de agora
Estará mais tarde a ganhar
Pois os tempos, eles estão mudando

Venham senadores, congressistas, respondam ao chamado
Não aglomere na porta, não congestione o corredor
Pois aquele que se machuca será aquele que atravanca
Existe uma batalha lá fora urrando
Logo ela estará sacudindo suas janelas
E tremendo suas paredes
Pois os tempos, eles estão mudando

Venham mães e pais por toda a terra
E não critiquem o que não consegues compreender
Seus filhos e filhas
Estão além de seu comando
Sua velha estrada está rapidamente deteriorando
Por favor saia da nova
Se você não pode contribuir
Pois os tempos, eles estão mudando

A linha foi traçada, a maldição foi praguejada
O lento agora mais tarde será veloz
E o presente agora mais tarde será passado
A ordem rapidamente se desbota
E o primeiro agora
Mais tarde será o último
Pois os tempos, eles estão mudando

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

os caminhos da estrada de tijolos amarelos são infinitos


É demorado para carregar, mesmo com banda larga, mas vale a pena.
O que você encontra no final de OZ é incrível...
http://www.scifi.com/tinman/oz/

terça-feira, 16 de outubro de 2007

anos 70... só viagens... falta isso hoje



Errare Humanum Est

Lá lá lá
Tem uns dias
Que eu acordo
Pensando e querendo saber
De onde vem
O nosso impulso
De sondar o espaço
A começar pelas sombras sobre as estrelas-las-las-las
E depensar que eram os deuses astronautas
E que se pode voar sozinho até as estrelas-las-las
Ou antes dos tempos conhecidos
Conhecidos
Vieram os deuses de outras galáxias-xias-xias
Ou de um planeta de possibilidades impossíveis
E de pensar que não somos os primeiros seres terrestres
Pois nós herdamos uma hernaça cósmica
Errare humanum est
Errare humanum est
Nem deuses
Nem astronautas
Ô ô ô ô
Eram os deuses astronautas
Lá lá lá lá
Nem deuses
Nem astronautas
Ô ô ô ô
Eram os deuses astronautas
Lá lá lá lá
Eram os deuses astronautas
Ná ná ná ná ná
Dez
Ná ná ná ná ná
Nove
Ná ná ná ná ná
Oito
Ná ná ná ná ná
Sete
Ná ná ná ná ná
Seis
Ná ná ná ná ná
Cinco
Ná ná ná ná ná
Três
Ná ná ná ná ná
Dois
Ná ná ná ná ná
Um
Ná ná ná ná ná
Zero


(A famosa Tábua de Esmeralda sempre foi utilizada como ponto de partida para os estudiosos da alma humana. Segundo dizem, neste pequeno texto, originariamente gravado em uma esmeralda, estão encerrados os mais secretos segredos da vida. Alquimistas, filósofos, magos, cabalistas, basearam suas pesquisas neste fragmento de sabedoria atribuído a um sábio egípcio chamado Hermes Trimegisto. Daí o motivo do nome hermetismo para generalizar as diversas correntes ocultistas ao longo do tempo.)

sábado, 13 de outubro de 2007

só podia ter sido no ano que nasci...


13 de outubro de 1977
Corinthians 1x0 Ponte Preta

Em pé da esquerda para a direita: Zé Maria, Tobias, Moisés, Russo, Ademir e Wladimir. Agachados: Vaguinho, Basílio, Geraldão, Luciano e Romeu

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

The Tiger

Tiger! Tiger! burning bright
In the forests of the night,
What immortal hand or eye
Could frame thy fearful symmetry?

In what distant deeps or skies
Burnt the fire of thine eyes?
On what wings dare he aspire?
What the hand dare seize the fire?

And what shoulder, and what art,
Could twist the sinews of thy heart?
And when thy heart began to beat,
What dread hand? and what dread feet?

What the hammer? what the chain?
In what furnace was thy brain?
What the anvil? what dread grasp
Dare its deadly terrors clasp?

When the stars threw down their spears,
And watered heaven with their tears,
Did he smile his work to see?
Did he who made the Lamb make thee?

Tiger! Tiger! burning bright
In the forests of the night,
What immortal hand or eye
Dare frame thy fearful symmetry?


O Tigre

Tigre, tigre que flamejas
Nas florestas da noite.
Que mão que olho imortal
Se atreveu a plasmar tua terrível simetria ?

Em que longínquo abismo, em que remotos céus
Ardeu o fogo de teus olhos ?
Sobre que asas se atreveu a ascender ?
Que mão teve a ousadia de capturá-lo ?
Que espada, que astúcia foi capaz de urdir
As fibras do teu coração ?

E quando teu coração começou a bater,
Que mão, que espantosos pés
Puderam arrancar-te da profunda caverna,
Para trazer-te aqui ?
Que martelo te forjou ? Que cadeia ?
Que bigorna te bateu ? Que poderosa mordaça
Pôde conter teus pavorosos terrores ?

Quando os astros lançaram os seus dardos,
E regaram de lágrimas os céus,
Sorriu Ele ao ver sua criação ?
Quem deu vida ao cordeiro também te criou ?

Tigre, tigre, que flamejas
Nas florestas da noite.
Que mão, que olho imortal
Se atreveu a plasmar tua terrível simetria ?

quinta-feira, 11 de outubro de 2007