Jogo muito caro
Permitir um terceiro mandato para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria muito temeroso. Além do equívoco mais fácil de ser percebido, qual seja, mudar as regras do jogo democrático no meio da partida para benefício próprio, modificar as leis eleitorais para uma segunda reeleição presidencial traria um desgaste político enorme para o país.
A prova disso aconteceu quando se tratou do mesmo assunto no Congresso em 1997. A aprovação da possibilidade de um novo mandato para os cargos do Executivo trouxe conseqüências graves para o então governo Fernando Henrique Cardoso. Como infelizmente acontece no Congresso em várias votações o fisiologismo e não o debate político e social guiou os parlamentares e membros do Executivo na aprovação da reeleição.
Naquele momento, inúmeras denúncias de troca de favores e cargos apareceram no noticiário nacional. Os deputados Ronivon Santiago e João Maia chegaram a renunciar para evitar um processo de cassação depois que conversas gravadas revelaram que haviam vendido seus votos em favor do governo.
Além disso, um terceiro mandato para o presidente Lula deveria vir atrelado a um projeto de governo mais sólido, o que até agora não é o caso já que ainda há muita dúvida se o país irá crescer com vigor num médio prazo. A alternância de poder, em qualquer setor da sociedade, é eficaz para aprimorar idéias e corrigir erros de um sistema.
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
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