domingo, 21 de janeiro de 2007
Ehh, what's up, doc? (por muito tempo ainda...)
Minha filha, a Mariana, de 4 anos, assistiu hoje aos desenhos clássicos do Pernalonga. Como quase todas as crianças do mundo ela gosta muito de desenhos, mas nunca eu tinha visto ela rir tanto, daqueles risos que empolgam quem está perto. Por exemplo, no episódio "Little Red Riding Rabbit", que é uma sátira à história da chapeuzinho vermelho, ela achou graça de ver o lobo mau ser feito de bobo pelo esperto Pernalonga.
Como pai e fã desses desenhos fiquei feliz com essa nova fã mirim dos Looney Tunes. Acho o humor desses desenhos fantástico. Não tratam a criança como um imbecil, muito pelo contrário, são cartoons que quebram regras com inteligência, seja nas palavras ou no traço.
Pernalonga é de 1940, criado pelo grande Charles Chuck Jones e depois teve sua personalidade maluca e esperta moldada pelo gênio Tex Avery. Essa criação, como a de tantos outros cartunistas, não chega a ser novidade, já que histórias com animais antropomorfizados existiram em diversas civilizações passadas. O mérito dos Looney Tunes é atualizar esse tipo de narrativa para nossa sociedade e não se apegar aos padrões da época.
No DVD que reúne os desenhos de Pernalonga, o cartunista Tex Avery conta em um documentário anexo que a idéia de seus amigos dos estúdios Warner era fazer algo que não lembrasse os desenhos famosos daqueles anos. Ele recorda que a Disney produzia os desenhos mais vistos no mundo e era uma competidora praticamente imbatível.
Num daqueles raros momentos em que o patrão dá carta branca para um bando de malucos inventar e não copiar, não se sabe se porque é visionário ou também porque é doido, foram feitas histórias não mais engraçadinhas e ingênuas, mas que tinham a intenção de buscar novos caminhos.
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