A chamada economia “subterrânea”, que inclui atividades como comércio ilegal, sonegação de impostos, trabalho informal, prostituição, contrabando e tráfico de drogas, no Brasil chega ao grande montante de
R$ 578 bilhões.
Foi o que revelaram ontem em São Paulo o Etco (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial) e o Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Fundação Getulio Vargas), com o novo Índice da Economia Subterrânea, que compreende toda a produção de bens e serviços deliberadamente não reportada aos governos.
O valor de R$ 578 bilhões em 2009 correspondem a impressionantes 18,4% do PIB brasileiro
(R$ 3,143 trilhões). “Para dar uma ideia da gravidade desse problema, basta lembrar que a economia subterrânea do Brasil supera toda a economia da Argentina [R$ 552 bilhões]”, ressalta André Franco Montoro Filho, diretor executivo do Etco. Ele acredita que esse valor chamará mais atenção da opinião pública para o assunto e abrirá ainda mais espaço para a discussão sobre suas consequências.
Outros países
De acordo com Fernando de Holanda Barbosa Filho pesquisador da FGV e responsável pelo estudo, a participação da economia subterrânea no PIB dos países ricos da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) é em média de 10% e nos países emergentes; 30%.
Para elaborar o Índice da Economia Subterrânea, a FGV teve como principal base os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cuja série foi iniciada em 2002.
terça-feira, 27 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Com turboélices, Azul terá mais voos no interior de SP
A Azul Linhas Aéreas terá mais voos no interior de São Paulo a partir do 2o. semestre do ano que vem.
O anúncio foi feito na manhã de ontem em entrevista coletiva em São Paulo. Atualmente a empresa tem como base principal o aeroporto de Viracopos em Campinas.
Para atuar em outras cidades do interior do estado o presidente executivo da Azul, Pedro Janot, disse que vai passar a atuar em outro nicho de mercado. “Observamos demanda reprimida em cidades médias, pessoas que chegam a se deslocar até 700 km para poder voar pela Azul. Agora vamos passar a atender essas pessoas em suas cidades”, disse.
O início desse projeto será usando Viracopos para ligar cidades médias do Interior de São Paulo. A ideia é “alimentar” mais Viracopos com passageiros e fugir de centros tidos como esgotados, como São Paulo e Rio.
Para atender no Interior a Azul também vai passar a adotar uma nova aeronave, a turboélice franco-italiana ATR 72-600s, com 70 lugares. Há um ano meio, a Azul iniciou sua atuação com jatos, usando o Embraer 195.
Ontem Janot confirmou a compra de 20 turboélices e mais a opção de compra de outros 20, um negócio de cerca de US$ 850 milhões.
As cidades que a Azul vai voar no Interior no próximo ano não foram reveladas. “Vai ter que arrancar meus olhos para eu falar”, brincou Janot. Porém ele disse que cidades médias estão no plano e possivelmente devem ter voos, como Bauru, Ribeirão Preto e Rio Preto.
Cidades como essas serão ligadas a Viracopos e de lá terão conexões para destinos como Brasília, Salvador, Porto Alegre, Manaus, Belo Horizonte, entre outras.
O anúncio foi feito na manhã de ontem em entrevista coletiva em São Paulo. Atualmente a empresa tem como base principal o aeroporto de Viracopos em Campinas.
Para atuar em outras cidades do interior do estado o presidente executivo da Azul, Pedro Janot, disse que vai passar a atuar em outro nicho de mercado. “Observamos demanda reprimida em cidades médias, pessoas que chegam a se deslocar até 700 km para poder voar pela Azul. Agora vamos passar a atender essas pessoas em suas cidades”, disse.
O início desse projeto será usando Viracopos para ligar cidades médias do Interior de São Paulo. A ideia é “alimentar” mais Viracopos com passageiros e fugir de centros tidos como esgotados, como São Paulo e Rio.
Para atender no Interior a Azul também vai passar a adotar uma nova aeronave, a turboélice franco-italiana ATR 72-600s, com 70 lugares. Há um ano meio, a Azul iniciou sua atuação com jatos, usando o Embraer 195.
Ontem Janot confirmou a compra de 20 turboélices e mais a opção de compra de outros 20, um negócio de cerca de US$ 850 milhões.
As cidades que a Azul vai voar no Interior no próximo ano não foram reveladas. “Vai ter que arrancar meus olhos para eu falar”, brincou Janot. Porém ele disse que cidades médias estão no plano e possivelmente devem ter voos, como Bauru, Ribeirão Preto e Rio Preto.
Cidades como essas serão ligadas a Viracopos e de lá terão conexões para destinos como Brasília, Salvador, Porto Alegre, Manaus, Belo Horizonte, entre outras.
Disputa com a Trip é descartada
Divulgação
Miguel Dau durante a coletiva de ontem: estratégia inicial está mantida
Especialistas e executivos do setor aéreo afirmam que a estratégia da Azul com os novos turboélices seria focar a competição na Trip, que já opera nove turboélices ATR 72-500, e deixar de lado as grandes TAM e Gol.
Ontem Pedro Janot e o vice-presidente técnico-operacional, comandante Miguel Dau, negaram essa estratégia. “Não estamos abandonando nossa estratégia inicial, do hub bypass [estratégia de evitar aeroportos esgotados], ao contrário, isso agora será reforçado”, disse Janot.
Ontem a Trip por meio de sua assessoria de imprensa disse que também tem a intenção de expandir sua atuação nas regiões em que já atua. No Interior, a empresa tem voos em Araçatuba, Campinas e Rio Preto.
Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), no mês passado a Trip teve 2,37% do fluxo total de passageiros no país e a Azul teve 5,8%.
Anteontem a Embraer confirmou também a venda de cinco jatos do modelo 195 para Azul e dois Embraer 190 para a Trip.
Divulgação
Miguel Dau durante a coletiva de ontem: estratégia inicial está mantida
Especialistas e executivos do setor aéreo afirmam que a estratégia da Azul com os novos turboélices seria focar a competição na Trip, que já opera nove turboélices ATR 72-500, e deixar de lado as grandes TAM e Gol.
Ontem Pedro Janot e o vice-presidente técnico-operacional, comandante Miguel Dau, negaram essa estratégia. “Não estamos abandonando nossa estratégia inicial, do hub bypass [estratégia de evitar aeroportos esgotados], ao contrário, isso agora será reforçado”, disse Janot.
Ontem a Trip por meio de sua assessoria de imprensa disse que também tem a intenção de expandir sua atuação nas regiões em que já atua. No Interior, a empresa tem voos em Araçatuba, Campinas e Rio Preto.
Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), no mês passado a Trip teve 2,37% do fluxo total de passageiros no país e a Azul teve 5,8%.
Anteontem a Embraer confirmou também a venda de cinco jatos do modelo 195 para Azul e dois Embraer 190 para a Trip.
‘Campinas precisa de atenção‘
Para o vice-presidente técnico-operacional da Azul, comandante Miguel Dau, a aeroporto de Viracopos em Campinas tem condição de atender a demanda extra que a Azul vai buscar no Interior e em outras regiões do país.
Mas ontem ele reconheceu que há problemas. A companhia portuguesa TAP recentemente começou a operar em Viracopos e já há rumores de outras companhias interessadas da China e da Europa. “A infraestrutura de Viracopos precisa ser melhorada para essas novas empresas. A TAP teve problemas graves em seu terminal”, afirma Miguel.
Viracopos, que é administrado pela Infraero, vem apresentando um super crescimento de passageiros. Em 2002 eram 787.161 e no ano passado foram 3.364.300 passageiros, alta de 327%. No dia 14, a Infraero prometeu R$ 6,48 bilhões para os aeroportos brasileiros, entre eles Viracopos, por conta da Copa de 2014.
Para o vice-presidente técnico-operacional da Azul, comandante Miguel Dau, a aeroporto de Viracopos em Campinas tem condição de atender a demanda extra que a Azul vai buscar no Interior e em outras regiões do país.
Mas ontem ele reconheceu que há problemas. A companhia portuguesa TAP recentemente começou a operar em Viracopos e já há rumores de outras companhias interessadas da China e da Europa. “A infraestrutura de Viracopos precisa ser melhorada para essas novas empresas. A TAP teve problemas graves em seu terminal”, afirma Miguel.
Viracopos, que é administrado pela Infraero, vem apresentando um super crescimento de passageiros. Em 2002 eram 787.161 e no ano passado foram 3.364.300 passageiros, alta de 327%. No dia 14, a Infraero prometeu R$ 6,48 bilhões para os aeroportos brasileiros, entre eles Viracopos, por conta da Copa de 2014.
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quinta-feira, 15 de julho de 2010
Trem-bala tem edital lançado em ato pró-Dilma
O governo federal lançou ontem o edital do TAV (Trem de Alta Velocidade), conhecido como trem-bala, que ligará o Rio de Janeiro a São Paulo e Campinas.
Serão obrigatórias estações na cidade do Rio de Janeiro, no aeroporto do Galeão, em Aparecida, em Guarulhos, no centro de São Paulo (Campo de Marte), em Viracopos e em Campinas. Duas estações são consideradas opcionais, em Jundiaí e em Resende (RJ). O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) estima a criação de 72 mil empregos.
No lançamento do edital, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não poupou a chance de fazer palanque e creditou à candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, o sucesso do trabalho. “Na verdade, não poderia falar o nome dela por conta da campanha eleitoral, mas a história a gente não pode esconder por conta de eleição. A verdade é que a companheira Dilma Rousseff assumiu a responsabilidade de fazer esse TAV”, disse Lula.
O leilão que definirá a empresa ou consórcio que será responsável pela construção do trem-bala será 16 de dezembro. Vence quem oferecer a menor tarifa. O preço inicial será de
R$ 199,73 e valor máximo de R$ 0,49 por quilômetro.
O total do projeto é de
R$ 33,1 bilhões previstos para o projeto. O presidente Lula afirmou ser plenamente “possível inaugurar essas obras até 2016” para as Olimpíadas do Rio.
Caixa prevê financiar moradias em até 72 horas
A CEF (Caixa Econômica Federal) pretende tornar mais rápida a liberação do financiamento habitacional no país.
Ontem a área de habitação do banco em sua matriz, em Brasília, informou que atualmente a meta da CEF é concluir as operações de crédito imobiliário em até nove dias. Este prazo ainda varia, dependendo da capacidade operativa das agências.
Mas o banco pretende dar um “pulo do gato” até o final do primeiro semestre do próximo ano e atingir o prazo máximo de 72 horas (três dias) para a liberação.
Novo conceito
Ontem a CEF explicou que a redução do prazo de tramitação dos pedidos de financiamentos habitacionais depende fundamentalmente de dois aspectos, quais sejam, inovações no processo, ampliando a automação e informatização, e a ampliação dos canais de atendimento.
Para atender essas duas necessidades o banco conta que está implantando um modelo de correspondente imobiliário, em fase piloto de testes, que pretende ser um embrião do novo modelo operacional do banco.
A fase piloto está ocorrendo em oito estados, incluindo São Paulo. O modelo está em testes inicialmente em locais como construtoras, incorporadoras, imobiliárias e lotéricas.
Normalmente para liberar um financiamento imobiliário a CEF recebe e analisa a documentação pessoal e de renda do proponente comprador, do vendedor e do imóvel e avalia o imóvel dado como garantia do financiamento. O contrato deve ser assinado por comprador e vendedor e registrado em cartório antes do dinheiro ser liberado.
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terça-feira, 6 de julho de 2010
Tribunal de Contas da União vai limitar tarifa do trem-bala
O TCU (Tribunal de Contas da União) decidiu nesta quarta-feiraque a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) poderá levar adiante a licitação para concessão do serviço de transporte de passageiros por meio de TAV (Trem de Alta Velocidade), o chamado trem-bala entre São Paulo e o Rio de Janeiro.
Segundo avaliação técnica do TCU, as tarifas necessárias e suficientes para conferir rentabilidade ao serviço são de até R$ 149,85 e R$ 199,73, referentes à classe econômica, para os horários normais e de pico, respectivamente. A revisão de tarifas será feita a cada cinco anos.
O trem-bala entre São Paulo e Rio deve incluir também um ramal ligando a capital paulista a Campinas. O projeto é de R$ 33 bilhões. Vencerá a concorrência para construir e operar quem oferecer a menor tarifa. O percurso entre São Paulo e Rio será feito em uma hora e 33 minutos.
Segundo estimado pela ANTT, o trajeto do TAV envolve cerca de 90,9 km de túneis, 103,0 km de pontes e viadutos, e o somatório de receita operacional bruta totalizará R$ 192,7 bilhões durante a vigência do arrendamento, que deverá ser de 40 anos.
A análise do estudo de viabilidade técnica e econômica realizada, segundo o TCU, visa avaliar se o modelo escolhido para implementação do projeto é o mais adequado ao fim proposto pelo governo e se a rentabilidade do empreendedor, refletida no preço da tarifa, é garantida de forma justa também para o usuário. O estudo observa ainda a viabilidade ambiental da concessão.
Atrasos
Em face de impropriedades constatadas, o TCU determinou que a ANTT corrigisse os estudos de viabilidade enviados ao Tribunal, considerando, no mínimo, os elementos do projeto básico que permitissem a plena caracterização dos investimentos previstos, com adequado estudo geológico-geotécnico, otimização do traçado referencial e orçamento detalhado, fundamentado em quantitativos e custos unitários de serviços e fornecimentos devidamente avaliados e demonstrados.
O relator do processo, ministro Augusto Nardes, destacou que a precariedade inicial dos elementos essenciais do projeto enviado prejudicou, sobremaneira, a celeridade da auditoria feita pelas equipes técnicas do TCU.
"Por diversas vezes o Tribunal tem sido indevidamente acusado de paralisar obras e sobrestar a ação governamental. No presente caso, resta límpida a atuação diligente do TCU e a falta de planejamento e de coordenação do governo com vistas à implementação de projeto de elevada magnitude, complexidade e importância”, criticou.
O trem-bala era esperado para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, como parte importante da infraestrutura de transporte, mas o governo brasileiro praticamente descartou isso. Agora a expectativa é que esteja pronto para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
Segundo avaliação técnica do TCU, as tarifas necessárias e suficientes para conferir rentabilidade ao serviço são de até R$ 149,85 e R$ 199,73, referentes à classe econômica, para os horários normais e de pico, respectivamente. A revisão de tarifas será feita a cada cinco anos.
O trem-bala entre São Paulo e Rio deve incluir também um ramal ligando a capital paulista a Campinas. O projeto é de R$ 33 bilhões. Vencerá a concorrência para construir e operar quem oferecer a menor tarifa. O percurso entre São Paulo e Rio será feito em uma hora e 33 minutos.
Segundo estimado pela ANTT, o trajeto do TAV envolve cerca de 90,9 km de túneis, 103,0 km de pontes e viadutos, e o somatório de receita operacional bruta totalizará R$ 192,7 bilhões durante a vigência do arrendamento, que deverá ser de 40 anos.
A análise do estudo de viabilidade técnica e econômica realizada, segundo o TCU, visa avaliar se o modelo escolhido para implementação do projeto é o mais adequado ao fim proposto pelo governo e se a rentabilidade do empreendedor, refletida no preço da tarifa, é garantida de forma justa também para o usuário. O estudo observa ainda a viabilidade ambiental da concessão.
Atrasos
Em face de impropriedades constatadas, o TCU determinou que a ANTT corrigisse os estudos de viabilidade enviados ao Tribunal, considerando, no mínimo, os elementos do projeto básico que permitissem a plena caracterização dos investimentos previstos, com adequado estudo geológico-geotécnico, otimização do traçado referencial e orçamento detalhado, fundamentado em quantitativos e custos unitários de serviços e fornecimentos devidamente avaliados e demonstrados.
O relator do processo, ministro Augusto Nardes, destacou que a precariedade inicial dos elementos essenciais do projeto enviado prejudicou, sobremaneira, a celeridade da auditoria feita pelas equipes técnicas do TCU.
"Por diversas vezes o Tribunal tem sido indevidamente acusado de paralisar obras e sobrestar a ação governamental. No presente caso, resta límpida a atuação diligente do TCU e a falta de planejamento e de coordenação do governo com vistas à implementação de projeto de elevada magnitude, complexidade e importância”, criticou.
O trem-bala era esperado para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, como parte importante da infraestrutura de transporte, mas o governo brasileiro praticamente descartou isso. Agora a expectativa é que esteja pronto para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
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