A chamada economia “subterrânea”, que inclui atividades como comércio ilegal, sonegação de impostos, trabalho informal, prostituição, contrabando e tráfico de drogas, no Brasil chega ao grande montante de
R$ 578 bilhões.
Foi o que revelaram ontem em São Paulo o Etco (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial) e o Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Fundação Getulio Vargas), com o novo Índice da Economia Subterrânea, que compreende toda a produção de bens e serviços deliberadamente não reportada aos governos.
O valor de R$ 578 bilhões em 2009 correspondem a impressionantes 18,4% do PIB brasileiro
(R$ 3,143 trilhões). “Para dar uma ideia da gravidade desse problema, basta lembrar que a economia subterrânea do Brasil supera toda a economia da Argentina [R$ 552 bilhões]”, ressalta André Franco Montoro Filho, diretor executivo do Etco. Ele acredita que esse valor chamará mais atenção da opinião pública para o assunto e abrirá ainda mais espaço para a discussão sobre suas consequências.
Outros países
De acordo com Fernando de Holanda Barbosa Filho pesquisador da FGV e responsável pelo estudo, a participação da economia subterrânea no PIB dos países ricos da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) é em média de 10% e nos países emergentes; 30%.
Para elaborar o Índice da Economia Subterrânea, a FGV teve como principal base os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cuja série foi iniciada em 2002.
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