A classe C, também chamada de classe média, atingiu 50,5% da população brasileira no ano passado. Foi o que revelou ontem a FGV (Fundação Getulio Vargas), em um estudo que analisou a última Pnad (Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio).
A classe C, com renda entre R$ 1.126 e R$ 4.854, chegou em 2009 a 94,9 milhões de brasileiros. “Isto significa que a nova classe média brasileira pode decidir uma eleição sozinha e passa a ser a classe com maior número de consumidores”, afirmou Marcelo Neri, do Centro de Políticas Sociais da FGV e coordenador do estudo “A Nova Classe Média: O Lado Brilhante dos Pobres”.
No ano passado, o crescimento da renda média da população brasileira foi de 2,04%, segundo a Pnad, ano em que o PIB (Produto Interno Bruto) decresceu 0,2%. Porém o aumento da renda da classe C foi de 7,29% no mesmo período.
Outro indicador importante de evolução da renda é o índice de Gini, que mede a desigualdade de distribuição de renda sendo a igualdade zero e a máxima desigualdade 1. O índice caiu no ano passado para 0,5448, o menor desde a década de 1960. Em 2008, o Gini foi de 0,5486.
Segundo a FGV, a evolução recente da classe C começou ainda em 1994, com o Plano Real, ano em que a classe D/E era a maioria e representava 62,1% da população. A classe C tomou a dianteira entre todas no Brasil no ano de 2007.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário