terça-feira, 22 de dezembro de 2009

TAM compra Pantanal por R$ 13 milhões e reforça liderança



A companhia aérea TAM anunciou ontem a compra da Pantanal, pequena empresa do setor, por R$ 13 milhões. A transação ainda precisa ser aprovada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Fundada em 1993, a Pantanal opera entre as cidades de  São Paulo (Congonhas), Araçatuba, Bauru, Presidente Prudente, Marília, Juiz de Fora (MG) e Maringá (PR).
De acordo com o consultor da Pantanal, Flávio Machado, a TAM manterá as atividades e rotas da companhia, que passa a ser uma das empresas do grupo.
A Pantanal está em recuperação judicial, que já foi homologada e segue seu curso normal. A empresa possui, além de uma dívida tributária de R$ 53 milhões, que está enquadrada no Refis (pagamento em 15 anos), tem também um passivo de R$ 18 milhões com fornecedores, sendo quase R$ 5 milhões com a própria TAM.
A TAM encerrou novembro com participação de 44% do mercado nacional de aviação, ante 42,25% da principal rival, a Gol. Já a Azul, que começou  a operar há um ano, obteve fatia de 4,31% no mês passado, e a Webjet de 4,56%. A Pantanal até então era a oitava neste ranking nacional, com 0,16% de participação.
Segundo a presidente do Conselho de Administração da TAM S.A., Maria Cláudia Amaro, a aquisição da Pantanal tem um grande valor estratégico.
“Iremos assistir a um aumento expressivo no número de passageiros nos próximos seis anos, com os eventos da Copa do Mundo de 2014 e das Olímpiadas do Rio de Janeiro em 2016. Além disto, o desenvolvimento dos setores de agronegócio, mineração e energia renovável tem ampliado exponencialmente a utilização do transporte aéreo para cidades de densidade populacional média”, destacou Maria Cláudia.
O projeto é renovar a frota da Pantanal, atualmente de três aeronaves ATR42 com capacidade para 45 passageiros.

Frota Bauru-Frankfurt deve voltar
De acordo com a presidente do Conselho de Administração da TAM S.A., Maria Cláudia Amaro, as perspectivas de crescimento da Pantanal terão como alicerce uma grande sinergia com as empresas do grupo. A Pantanal deve passar a compartilhar serviços, plataforma tecnológica, manutenção e reparos, além de fazer parte do Multiplus Fidelidade.
“Vamos ligar Bauru a Frankfurt, só para citar uma dessas possibilidades  de ampliação da cobertura geográfica”, destacou.
Essa conexão já existiu em Bauru até 2003, quando as duas empresas chegaram a ter uma parceria. Era possível viajar saindo de Bauru ou Marília para Miami, Paris, Frankfurt e outras cidades que a TAM atende no Brasil.
A compra da Pantanal e a estratégia de lançamento de uma unidade vem também depois que a TAM decidiu anos atrás se concentrar nos grandes centros do país, eliminando os aviões Fokker 100 e padronizando a frota com aeronaves Airbus.
Paralelo a compra da Pantanal pela TAM, a Anac conseguiu semana passada no STJ uma decisão que garante a redistribuição de 61 slots (espaços de pouso e decolagem) dos 196 que a Pantanal possui em Congonhas. A agência afirma que a Pantanal subutiliza os slots.
Ontem a assessoria de imprensa da Anac afirmou que a redistribuição dos 61 slots está mantida. A Pantanal mantém outros 135 slots em Congonhas que poderão ser operados pela empresa que a adquiriu.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Cervejaria de Agudos terá R$ 184 milhões em 2010

A Ambev vai investir R$ 184 milhões em sua unidade de Agudos  (distante 19 km de Bauru) no ano de 2010. A informação foi confirmada na quarta-feira pela empresa.

A meta da empresa é ampliar sua capacidade produtiva. Para isso serão investidos em todo o país R$ 1,3 bilhão a R$ 1,5 bilhão para o aumento da capacidade produtiva, ampliação das fábricas e construção de novas linhas de produção.

Os novos investimentos representam um aumento de 30% a 50% frente aos aportes anteriormente previstos e serão realizados em todo o país, ao longo do ano, atendendo aos picos de consumo, que se dão no verão, que começa no dia 21 de dezembro.

Com isso, a capacidade de produção de cerveja da empresa no Brasil será elevada entre 5% e 10%, mesma faixa percentual do crescimento projetado para as vendas de cerveja no mercado interno, conforme divulgou o vice-presidente financeiro da AmBev, Nelson Jamel.


Hectolitros
O volume de cerveja comercializado no Brasil no terceiro trimestre cresceu 12,2% ante igual período do ano passado, para 18 milhões de hectolitros - cada hectolitro vale 100 litros. No acumulado de janeiro a setembro, a expansão do volume foi de quase 9 por cento sobre o mesmo intervalo de 2008.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Ambev afirmou que deve informar nesta semana os detalhes do investimento em Agudos.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

BB vai abrir 83 agências no Estado após incorporação

A incorporação definitiva do Banco Nossa Caixa pelo Banco do Brasil começou ontem (dia 1o.). Em entrevista coletiva em São Paulo o  presidente da Nossa Caixa, Demian Fiocca, e  o diretor do BB para São Paulo, Dan Conrado, apresentaram os planos para o Estado.

Ao longo de 2010, 83 agências adicionais serão abertas no Estado, sendo que cada uma consumirá R$ 1 milhão. Nove já estão em processo de instalação. Serão contratados 1,5 mil funcionários.

Em fevereiro, as agências da Nossa Caixa, comprada pelo BB em novembro de 2008, começam a ser integradas pelo BB. O processo deve terminar em outubro do ano que vem.

Estratégia
O Banco do Brasil passará a ter 1.334 agências no Estado de São Paulo e afirma que será a maior instituição bancária no estado. Em Bauru são 12 agências com a incorporação contra dez do Itaú/Unibanco.
Com o projeto batizado de Estratégia São Paulo o BB investirá cerca de R$ 800 milhões no Estado nos próximos cinco anos.

O dinheiro será usado para renovação do parque tecnológico (envolvendo as instalações da Nossa Caixa), abertura de mais agências e melhora da infraestrutura geral do banco em São Paulo, o que inclui a contratação de mais funcionários.

O BB criou para o Estado uma diretoria própria. No comando, ficará Dan Conrado e mais um superintendente estadual da Capital. Outro cuidará de Campinas. Haverá, ainda, um para Ribeirão Preto e outro para Bauru. Segundo a assessoria de imprensa do banco, o superintendente da cidade deve chegar na próxima semana e não teve o nome escolhido.

Além deles, o BB terá um superintendente para setor público (para lidar com prefeituras, governo estadual e Poder Judiciário) e outro executivo designado apenas para a infraestrutura. Demian Fiocca deixa o cargo.
Segundo Dan Conrado, o  objetivo da reestruturação em São Paulo é fazer com que a participação do Estado nos resultados do banco passe dos atuais 25% para 35% dentro de dois anos.


Sindicato teme demissões
Segundo disse ontem o  presidente da Nossa Caixa, Demian Fiocca, não haverá fechamento de unidades, pois, segundo ele, a “redundância é praticamente inexistente”. Em alguns casos, agências próximas serão transformadas em unidades Estilo, direcionada a clientes de maior renda.

O diretor do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região (ligado a Conlutas), Marcos Lenharo, disse, no entanto, não estar tão confiante. “Há agências do BB e da Nossa Caixa muito próximas e o banco não informa claramente aos trabalhadores se haverá ou fechamentos”, disse.

Um PDV (Programa de Demissão Voluntária) para os funcionários da Nossa Caixa foi implantado em novembro.

Segundo Lenharo, hoje começa também a abertura do prazo para a migração da nova estrutura salarial do BB para os funcionários da Nossa Caixa. “Estamos orientando aos bancários a não aderirem, há pouca informação e os planos de carreira dos dois bancos são diferentes”, disse.

O sindicato afirma que a Nossa Caixa tem cerca de 300 bancários em Bauru e o Banco do Brasil aproximadamente 150.

Os governos Luiz Inácio Lula da Silva e José Serra acertaram, há um ano, a venda da Nossa Caixa para o BB por R$ 7,6 bilhões - incluindo o dinheiro que foi para os cofres do Tesouro estadual e o que foi pago aos acionistas da Nossa Caixa.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Dias de treinamento



A PM (Polícia Militar) deve treinar para matar ou não? Essa foi a pergunta inicial que o coronel Nilson Giraldi, 76 anos, fez a mim e a mais seis jornalistas que nesta semana conheceram e fizeram o atual treinamento de tiro da PM.

Foram dois dias de aulas em Bauru na sede do CPI-4 (Comando de Policiamento do Interior 4). Lá funciona o Centro de Treinamento na Preservação da Vida, local onde o coronel Giraldicomeçou a inventar há 30 anos um método de tiro que leva seu nome.

Há 12 anos a PM começou a adotar essa prática no Estado com a missão de tentar mudar um comportamento de décadas da corporação que matou milhares de bandidos, os próprios policiais e inocentes. “O disparo deve ser a última alternativa, o policial deve aprender o que é de fato a legítima defesa”, fala.

No começo parece contraditório que um treinamento de tiro possa facilitar a preservação da vida, mas Giraldi ensina que em um confronto armado há muitas possibilidades de erros que podem ser evitados com o condicionamento de boas práticas.

Novos alvos
Nosso treinamento começa com disparos em alvos, ou seja, aprender a atirar. A mudança de paradigma no método Giraldi inicia aí – os alvos não simulam silhuetas humanas, como o antigo alvo Colt que pontuava mais os acertos na cabeça e no coração. O alvo que utilizamos é apenas um retângulo branco com outro retângulo cinza menor dentro. A meta procurada é apenas acertar o retângulo cinza o mais próximo possível de seu centro.

A segunda fase do treinamento simula uma área de confronto armado com paredes, muros e cômodos com várias curvas. Os alvos de papelão agora representam pessoas – os bandidos armados ou não, inocentes na área de tiro e reféns sob ameaça de bandidos.

A ação começa com a palavra “perigo”gritada pelo instrutor. Somos orientados a ficar com o dedo fora do gatilho em todo o percurso. Para Giraldi o policial que mantém sempre o dedo no gatilho acaba atirando no que não deve. A pista de alvos mostra que isso é verdade, de surpresa aparecem alvos móveis, como o de um morador da fictícia área de confronto ou mesmo um jornalista cobrindo a ocorrência. Vários colegas 'mataram' inocentes.

Meu instrutor, o 2o. sargento Carlos Cesar Rodrigues, 40, acompanha minha passagem de perto e pára a instrução em cada erro que cometo. Cada falha é explicada e eu tenho a chance de repetir de uma forma correta quantas vezes foram necessárias. “O policial erra aqui dentro para não falhar numa situação real”, diz.

Outra característica do treinamento é uma espécie de teatro da negociação. Em cada alvo de papelão que eu encontro o instrutor simula uma voz, por exemplo, se o alvo mostra um bandido apontando uma arma para o refém o instrutor inventa uma fala do bandido para colocar mais tensão e realismo. Cabe ao aluno iniciar uma negociação na hora, pedir calma com educação e resolver a situação sem disparos, já que a vida do refém está em jogo.

Os tiros contra bandidos devem ser feitos apenas quando estes estão sozinhos e apontam a arma na direção do aluno. Para Giraldi um disparo de arma de fogo dentro da legalidade deve obedecer quatro princípios: necessidade; ser oportuno; proporcionalidade (2 tiros por vez); e qualidade. “O policial que obedece essas regras não é condenado por tribunais”, afirma.

Para o comandante do CPI-4, coronel José Guerra Júnior, o método de Tiro Defensivo de Preservação da Vida tem seu segredo na simplicidade e facilidade de execução. Hoje as unidades da PM trocam pela internet as figuras dos alvos e suas orientações, quem recebe só precisa imprimir e colar em uma placa de papelão. “Uma vez por ano os policiais voltam para o quartel e recebem todo esse treinamento de novo, o preparo mais humano se traduz em mais eficácia”, fala Guerra.

Segundo Giraldi a maior dificuldade que seu método enfrenta é vencer os velhos hábitos da PM. Ele explica que a instituição foi criada com uma doutrina semelhante a do Exército, que prega a eliminação do inimigo, e que durante a ditadura militar foi aplicada por alguns setores da polícia.

A nova doutrina defendida por Giraldi já tem resultado práticos. Segundo ele, antes de seu método a cada dez ocorrências envolvendo reféns no Estado de São Paulo em média nove terminavam com mortes. Hoje esse número está próximo do zero.

O método Giraldi já é adotado em maior ou menor grau em todos os Estados brasileiros, com exceção do Rio de Janeiro. O método já foi oficialmente reconhecido pela ONU, Comitê Internacional da Cruz Vermelha, dos Direitos Humanos e do Policiamento Comunitário.


Fim das pescarias
Nascido em Lins, o coronel conta que serviu o Exército com 18 anos e logo em seguida ingressou na Força Pública, antigo nome da PM. Começou sua carreira como soldado. Ele não tinha outros parentes na polícia. “Na época era um desprestígio ser policial, entrei sem minha família saber, mas precisava, não tinha pai e era pobre. Só com o tempo tive o reconhecimento deles”, fala.

Seu alistamento foi na cidade de São Paulo. Por dezoito anos serviu em São Paulo e depois em Bauru e Jaú. Foram 35 anos atuando e há 25 anos ele está na reserva. Giraldi também foi competidor de tiro esportivo e conseguiu 45 títulos brasileiros de tiro, oito internacionais e três recordes mundiais.

Ele conta que a iniciativa de criar um novo método de treinamento para a polícia surgiu ainda na ativa, quando percebia que quase todas as tragédias envolvendo ocorrências policiais poderiam ter sido evitadas. “Em quase todo mundo as forças policiais importavam a instrução de tiro das Forças Armadas, o que de forma alguma é correto para a polícia que serve a comunidade”, diz.

Um amigo seu, o tenente José Alfredo Cintra, na época com 21 anos, participando de um confronto armado em Bauru com dois bandidos, foi atingido no coração pelo disparo de um agressor e antes de morrer ele conseguiu atingi-lo e matá-lo. O outro fugiu.

A tropa consolou Giraldi dizendo que pelo menos o tenente morreu, mas levou um com ele. “Respondi que era melhor os dois estarem vivos”, fala. Para ele sempre quando há uma vítima, seja qual for o lado, a polícia perde.
Na elaboração do método ele diz ter estudado as neurociências para aprender como o cérebro humano funciona diante da morte. Foram também entrevistados policiais que enfrentaram confrontos armados, tanto os na ativa como aqueles que estavam presos por usarem incorretamente suas armas. Além disso, ocorrências que terminaram em mortes de policiais foram estudadas para conhecer suas falhas.

Nessa fase ele lembra que sua experiência de exímio atirador foi deixada de lado. Ele explica que uma das razões para tantas mortes no confronto policial foi transformá-lo em uma simples competição de quem atira melhor.

As idéias de Giraldi começaram a ser aplicadas em São Paulo logo após o caso da Favela Naval em Diadema. Nos dias 3, 5 e 7 de março de 1997 moradores do local foram espancados e mortos por policiais militares. Na época o Jornal Nacional mostrou em rede nacional o soldado Otávio Lourenço Gambra, o Rambo, atirando em Silvio Calixto de Lemos já caído depois de apanhar.

O caso ganhou repercussão mundial e a força policial de São Paulo foi pressionada a mudar de conduta. Giraldi no mesmo ano foi convocado por seu estudo contra a violência para ajudar a PM e aos poucos ele foi sendo usado pela polícia. Hoje ele viaja pelo Brasil inteiro e diversos países para mostrar suas idéias. “Com isso acabei perdendo minha aposentadoria e não tenho mais sossegado para pescar”, brinca.

Sobre a morte do mecânico Jorge Luiz Lourenço, 22 anos, alvejado no dia 5 de abril de 2007 por policiais militares após furar um bloqueio policial, Giraldi não comenta, diz que só avalia após ser julgado. Mas na atuação policial em geral ele afirma que o policial tem que evitar a precipitação e a valentia perigosa. “Essas condutas em excesso são uma loteria, podem transformar o policial num herói, defunto ou presidiário”, fala.

Para ele o personagem do capitão Nascimento mostrado no filme “Tropa de Elite” é um péssimo exemplo de policial. “O filme só mostra duas policias, corrupta ou violenta. Isso não existe felizmente, os erros são exceções”, fala.

Giraldi também condena a população por muitas vezes manifestar a preferência por uma polícia violenta que mate, mas atribui isso a impunidade, já que apenas 1% dos autores de homicídio, estupro e roubo cumprem pena.

Ele é casado há 45 anos com Ivone, tem três filhas e vários netos. Ele agradece a mulher por sua compreensão e ajuda no seu trabalho. As mãos dos alvos que simulam pessoas do métodoGiraldi foram feitos por sua mulher, usando como molde a mão feminina. O símbolo do método, que é uma pomba em um triângulo, foi criado por sua filha caçula, que é designer.


O tiro
Nunca tinha encostado a mão em um revólver. Comecei logo com um calibre 38 de cano longo. O peso da arma impressiona, além disso somos obrigados a usar colete a prova de balas, óculos de proteção, abafadores no ouvido e um cinto para carregar o coldre.

A sensação na área de tiro é de apreensão e muito calor. Distante cerca de quatro metros do alvo parece que é fácil acertar. O primeiro tiro acerta o alvo, mas muito distante do centro. Controlar a empunhadura firme da arma é muito difícil. As duas mãos precisam segurar forte o cabo do revólver. E também somos orientados a fazer tudo corretamente, ou seja, o saque no coldre tem que ser sem olhar.

O tranco da arma não chegou a me impressionar. Os instrutores explicaram que armas com um calibre maior chegam a derrubar, mas um revólver 38 se for segurado corretamente não é tão forte.

Durante o tiro outra preocupação é encontrar a alça de mira no alto do cano do revólver e alinha-la com o alvo. Com calor, tensão e a preocupação com tantos detalhes a maioria dos jornalistas só começou a atirar num nível razoavelmente aceitável só no décimo tiro para a frente.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Região tem 121 vagas sem preenchimento, afirma Sert



Conseguir um emprego é um sonho comum para milhares de pessoas. Mas nem sempre o que falta é  exatamente oportunidade.

Segundo a Sert (Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho), existem mais de 100 vagas em Bauru e região com dificuldade de preenchimento.

Até esta segunda-feira eram 52 vagas na cidade de Bauru e mais 69 na região (121) à  espera de candidato. Algumas, como para operador de máquinas-ferramenta convencionais, estão abertas desde agosto.

O diretor regional do PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) de Bauru, Alexandre Ciro Perin Bertoni, afirma que o motivo principal para essas vagas ociosas é a falta de qualificação. “As empresas adotam cada vez mais critérios rigorosos na seleção. O conhecimento técnico ou experiência são muito requisitados hoje em dia”, diz.

Ele conta também que em outubro a Sert teve 537 anúncios de emprego na região e 1.638 candidatos, porém, apenas 64 conseguiram ficar com o emprego.


Carteiro é o mais procurado
A vaga mais sem encaminhamento em Bauru atualmente é para carteiro (24 oportunidades). Não se trata do profissional da ECT, mas sim de entregas para uma empresa privada. As demais cinco vagas mais oferecidas e não preenchidas se dividem entre profissões com formação técnica e até mais simples – engenheiro químico (5), marceneiro (5), faxineiro (3), assistente de vendas (2) e chefe de cozinha (2).

Alexandre  Bertoni explica que as profissões que teoricamente não exigem muita qualificação também costumam ter algumas dificuldades. “É o segundo motivo para não preenchimento de vagas: a empresa oferece salário ruim ou exige demais do funcionário. Aí, fica sem preencher mesmo”, afirma.

Na região há vagas sem preenchimento como para atendente de lanchonete (4), operador de máquinas operatrizes (3), padeiro (3), assistente de vendas (2), faxineiro (2), masseiro (massas alimentícias) (2) e mecânico de manutenção de máquinas, em geral (2).


Emprega São Paulo é porta de entrada
A Sert divulga que oferece gratuitamente uma série de ferramentas e cursos para procurar empregos e melhorar a capacitação dos trabalhadores.

A porta de entrada para esses serviços é hoje o Emprega São Paulo – uma ferramenta gratuita de oferta e busca de vagas de trabalho pela internet.

É o novo sistema utilizado em todos os PAT (Postos de Atendimento ao Trabalhador). O candidato tem a opção de ir pessoalmente até um PAT, onde será atendido por um funcionário, ou pode fazer o cadastro sozinho, pela internet.

O Emprega São Paulo encaminha os candidatos para cursos em áreas como vendas, administração, indústria, construção civil, telemarketing, limpeza, informática, segurança e atendimento ao cliente.

As aulas gratuitas têm duração máxima de três meses e são ministradas em unidades do Centro Paula Souza, Senai e Senac.

Para o segundo semestre de 2009 são mais de 41 mil vagas com bolsa-auxílio de R$ 210 mensais.


Saiba mais
Emprega São Paulo: www.empregasaopaulo.sp.gov.br
PAT em Bauru: rua Joaquim da Silva Martha, 11-39, ou no Poupatempo - avenida Nações Unidas, 4-44, Centro (esquina com a Rua Inconfidência)
Senac: avenida Nações Unidas, 10-22
Senai: rua Virgílio Malta, 11-22
Centro Paula Souza: rua Virgílio Malta, quadra 12