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domingo, 15 de maio de 2011

Mulheres abrem novos caminhos para adoção

A nova lei de adoção mostra avanços e está mais acolhedora para a mulher que sonha em ser mãe por este meio. Mas o caminho ainda tem barreiras.


Na antiga forma de uma família, a mulher era totalmente responsável pelos filhos. Hoje, elas conquistaram o mercado de trabalho e muitas vezes trabalham mais que os homens.

Na opinião de especialistas em adoção no Brasil, a Justiça já avançou. A assistente social e coordenadora do NCA (Núcleo de estudos e pesquisas sobre a Criança e o Adolescente) da PUC–SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Myrian Veras Baptista, comenta que a avaliação do judiciário melhorou.

“A responsabilidade do cuidado com os filhos culturalmente ainda é mais da mulher, mas hoje a avaliação leva em conta toda a família. Todos os membros, avós, pai, outros filhos, também são avaliados para também colaborarem com a mulher”, diz.

O vice-presidente do Gaasp (Grupo de Apoio à Adoção de São Paulo), Roberto de Paula Beda, que há 10 anos atua no estado, afirma que as mulheres solteiras também conseguiram seu espaço. “Elas só têm que obedecer aos mesmos critérios de um casal interessado em adotar, mas não há nenhum tipo de exclusão em relação a elas. Inclusive, pela própria característica cultural e afetiva das mulheres, as solteiras já adotam mais crianças do que homens solteiros”, afirma.

De acordo com a nova lei de adoção, que foi sancionada em 2009, as pessoas interessadas em adotar uma criança ou adolescente hoje precisam passar por um período de preparação psicossocial e jurídica.

Abandonos/Mas há também as mulheres que não desejam ser mães ou ainda não estão preparadas para isso. Recentemente, casos de abandonos de récem-nascidos chocaram o país. A psicóloga especialista em família e adoção e ex-perita de uma vara da Infância, Cintia Liana, comenta que isso ainda está muito ligado a falta de informação e formação e ao fato de a mulher ser muito pressionada pela sociedade para assumir toda a responsabilidade de um filho. Assim, acabam cometendo o crime do abandono.

“Muitas mulheres não sabem que entregar o filho para adoção não é crime. Já outras abandonam às escondidas por sentirem culpa e vergonha de uma determinada situação, por não conseguirem sentir esse amor materno culturalmente mitificado em nossa sociedade”, diz Cintia.
 
 
Sobram pais adotivos no país, mas há crianças sem adoção
Dados fornecidos pelo CNA (Cadastro Nacional de Adoção), órgão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), mostram que sobram pais adotivos interessados no Brasil. Números desta semana apontam 26.694 pretendentes cadastrados no CNA e 4.427 crianças e adolescentes disponíveis, ou seja, diferença de 503%.


O motivo dessa discrepância tão grande é antigo: a maioria dos interessados procuram meninas recém-nascidas e brancas. Especialistas em adoção criticam a prática do Judiciário na seleção de pais adotivos, que disponibiliza um questionário aos pais interessados com perguntas como raça e cor preferidas.

O juiz Nicolau Lupinhaes Neto, conselheiro do CNJ, que trata da questão, defende o uso do questionário, pois facilitaria o uso do cadastro nacional. “As informações são importantes para agilizar a adoção entre as região do país. O problema é que ainda temos uma cultura errada, mas que aos poucos está mudando”, afirma.

Ele se negou a estimar uma média de tempo para as adoções no Brasil porque isso depende da estrutura de cada vara e de sua equipe multidisciplinar. “Mas já é possível dizer, por exemplo, que uma pessoa cadastrada e já preparada, em poucos dias, consegue adotar um adolescente de 16 anos devido à baixa procura dessa idade”, diz.

Segundo ele, também a adoção de crianças e adolescentes no Brasil não tem custos.

 
 
TJ-SP diz não avaliar quesitos isolados


O TJ–SP (Tribunal de Justiça) informou por meio de sua assessoria de imprensa que a avaliação de adoção não trata de quesitos isolados e o fato de uma mulher trabalhar ou não trabalhar, em si, não constitui um impedimento. A avaliação é psicológica e social, em vista das suas aptidões para o cuidado parental.



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É a quantidade de abrigos no estado de São Paulo, com crianças e adolescentes na maior parte em idade escolar, acima de oito anos de idade.





Justiça procura manter irmãos juntos

O TJ-SP também informou que a maioria das crianças e adolescentes em abrigos possui irmãos, também aptos à adoção. A postura da Justiça é que eles não devem ser separados.



Inserção de dados ainda é falha

O juiz Nicolau Lupinhaes Neto admitiu também que a inserção dos dados de crianças e adolescentes em abrigos por parte das varas da infância nos estados ainda é falha no Brasil e prejudica as adoções. Segundo ele, a Corregedoria Nacional de Justiça determinou mês passado a atualização dos dados e ele espera grandes melhoras este ano.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Nova bandeira de cartões, Elo vai focar as classe C, D e E

A nova bandeira Elo de cartões, lançada em abril pelos bancos Bradesco e Banco do Brasil, ganhou nesta segunda-feira mais um sócio: a CEF (Caixa Econômica Federal) também fará parte de uma empresa a ser constituída que fará a gestão da bandeira.

Em entrevista nesta segunda em São Paulo, os diretores dessas instituições financeiras falaram sobre seus planos, que pretendem conseguir 15% do mercado nacional em cinco anos.

O foco da nova bandeira serão as classes de renda menor, como as C, D e E, e a população não bancarizada do país, no setor de cartões de crédito, débito e vales.

A meta é que o primeiro cartão Elo esteja disponível em outubro deste ano. A CEF terá um terço de participação na holding (empresas em atuação conjunta) que administrará a empresa. BB e Bradesco terão outros um terço cada. O controle ficará com o Bradesco.

No memorando assinado nesta segunda, os três bancos também anunciaram que estudam aumentar a participação de hoje de 1,14% da CEF na Cielo, que tem Bradesco e BB com as maiores participações, 28,65% cada.

Preços menores
Durante a entrevista coletiva, o presidente do BB, Aldemir Bendine, afirmou que a Elo pretende oferecer preços menores. “Os produtos terão preços e condições diferenciados da concorrência”, fala.

Há hoje, de acordo com as instituições, cerca de 40 milhões de pessoas aptas a entrar nesse mercado de consumo do “dinheiro de plástico”.

A CEF também anunciou nesta segunda que estuda integrar o uso de seus caixas eletrônicos com o BB e o Bradesco. Os três bancos têm cerca de 100 milhões de clientes.



segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

BB vai abrir 83 agências no Estado após incorporação

A incorporação definitiva do Banco Nossa Caixa pelo Banco do Brasil começou ontem (dia 1o.). Em entrevista coletiva em São Paulo o  presidente da Nossa Caixa, Demian Fiocca, e  o diretor do BB para São Paulo, Dan Conrado, apresentaram os planos para o Estado.

Ao longo de 2010, 83 agências adicionais serão abertas no Estado, sendo que cada uma consumirá R$ 1 milhão. Nove já estão em processo de instalação. Serão contratados 1,5 mil funcionários.

Em fevereiro, as agências da Nossa Caixa, comprada pelo BB em novembro de 2008, começam a ser integradas pelo BB. O processo deve terminar em outubro do ano que vem.

Estratégia
O Banco do Brasil passará a ter 1.334 agências no Estado de São Paulo e afirma que será a maior instituição bancária no estado. Em Bauru são 12 agências com a incorporação contra dez do Itaú/Unibanco.
Com o projeto batizado de Estratégia São Paulo o BB investirá cerca de R$ 800 milhões no Estado nos próximos cinco anos.

O dinheiro será usado para renovação do parque tecnológico (envolvendo as instalações da Nossa Caixa), abertura de mais agências e melhora da infraestrutura geral do banco em São Paulo, o que inclui a contratação de mais funcionários.

O BB criou para o Estado uma diretoria própria. No comando, ficará Dan Conrado e mais um superintendente estadual da Capital. Outro cuidará de Campinas. Haverá, ainda, um para Ribeirão Preto e outro para Bauru. Segundo a assessoria de imprensa do banco, o superintendente da cidade deve chegar na próxima semana e não teve o nome escolhido.

Além deles, o BB terá um superintendente para setor público (para lidar com prefeituras, governo estadual e Poder Judiciário) e outro executivo designado apenas para a infraestrutura. Demian Fiocca deixa o cargo.
Segundo Dan Conrado, o  objetivo da reestruturação em São Paulo é fazer com que a participação do Estado nos resultados do banco passe dos atuais 25% para 35% dentro de dois anos.


Sindicato teme demissões
Segundo disse ontem o  presidente da Nossa Caixa, Demian Fiocca, não haverá fechamento de unidades, pois, segundo ele, a “redundância é praticamente inexistente”. Em alguns casos, agências próximas serão transformadas em unidades Estilo, direcionada a clientes de maior renda.

O diretor do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região (ligado a Conlutas), Marcos Lenharo, disse, no entanto, não estar tão confiante. “Há agências do BB e da Nossa Caixa muito próximas e o banco não informa claramente aos trabalhadores se haverá ou fechamentos”, disse.

Um PDV (Programa de Demissão Voluntária) para os funcionários da Nossa Caixa foi implantado em novembro.

Segundo Lenharo, hoje começa também a abertura do prazo para a migração da nova estrutura salarial do BB para os funcionários da Nossa Caixa. “Estamos orientando aos bancários a não aderirem, há pouca informação e os planos de carreira dos dois bancos são diferentes”, disse.

O sindicato afirma que a Nossa Caixa tem cerca de 300 bancários em Bauru e o Banco do Brasil aproximadamente 150.

Os governos Luiz Inácio Lula da Silva e José Serra acertaram, há um ano, a venda da Nossa Caixa para o BB por R$ 7,6 bilhões - incluindo o dinheiro que foi para os cofres do Tesouro estadual e o que foi pago aos acionistas da Nossa Caixa.