segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

BB vai abrir 83 agências no Estado após incorporação

A incorporação definitiva do Banco Nossa Caixa pelo Banco do Brasil começou ontem (dia 1o.). Em entrevista coletiva em São Paulo o  presidente da Nossa Caixa, Demian Fiocca, e  o diretor do BB para São Paulo, Dan Conrado, apresentaram os planos para o Estado.

Ao longo de 2010, 83 agências adicionais serão abertas no Estado, sendo que cada uma consumirá R$ 1 milhão. Nove já estão em processo de instalação. Serão contratados 1,5 mil funcionários.

Em fevereiro, as agências da Nossa Caixa, comprada pelo BB em novembro de 2008, começam a ser integradas pelo BB. O processo deve terminar em outubro do ano que vem.

Estratégia
O Banco do Brasil passará a ter 1.334 agências no Estado de São Paulo e afirma que será a maior instituição bancária no estado. Em Bauru são 12 agências com a incorporação contra dez do Itaú/Unibanco.
Com o projeto batizado de Estratégia São Paulo o BB investirá cerca de R$ 800 milhões no Estado nos próximos cinco anos.

O dinheiro será usado para renovação do parque tecnológico (envolvendo as instalações da Nossa Caixa), abertura de mais agências e melhora da infraestrutura geral do banco em São Paulo, o que inclui a contratação de mais funcionários.

O BB criou para o Estado uma diretoria própria. No comando, ficará Dan Conrado e mais um superintendente estadual da Capital. Outro cuidará de Campinas. Haverá, ainda, um para Ribeirão Preto e outro para Bauru. Segundo a assessoria de imprensa do banco, o superintendente da cidade deve chegar na próxima semana e não teve o nome escolhido.

Além deles, o BB terá um superintendente para setor público (para lidar com prefeituras, governo estadual e Poder Judiciário) e outro executivo designado apenas para a infraestrutura. Demian Fiocca deixa o cargo.
Segundo Dan Conrado, o  objetivo da reestruturação em São Paulo é fazer com que a participação do Estado nos resultados do banco passe dos atuais 25% para 35% dentro de dois anos.


Sindicato teme demissões
Segundo disse ontem o  presidente da Nossa Caixa, Demian Fiocca, não haverá fechamento de unidades, pois, segundo ele, a “redundância é praticamente inexistente”. Em alguns casos, agências próximas serão transformadas em unidades Estilo, direcionada a clientes de maior renda.

O diretor do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região (ligado a Conlutas), Marcos Lenharo, disse, no entanto, não estar tão confiante. “Há agências do BB e da Nossa Caixa muito próximas e o banco não informa claramente aos trabalhadores se haverá ou fechamentos”, disse.

Um PDV (Programa de Demissão Voluntária) para os funcionários da Nossa Caixa foi implantado em novembro.

Segundo Lenharo, hoje começa também a abertura do prazo para a migração da nova estrutura salarial do BB para os funcionários da Nossa Caixa. “Estamos orientando aos bancários a não aderirem, há pouca informação e os planos de carreira dos dois bancos são diferentes”, disse.

O sindicato afirma que a Nossa Caixa tem cerca de 300 bancários em Bauru e o Banco do Brasil aproximadamente 150.

Os governos Luiz Inácio Lula da Silva e José Serra acertaram, há um ano, a venda da Nossa Caixa para o BB por R$ 7,6 bilhões - incluindo o dinheiro que foi para os cofres do Tesouro estadual e o que foi pago aos acionistas da Nossa Caixa.

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