terça-feira, 24 de agosto de 2010

Corredor bioceânico deve começar em novembro


O Corredor Bioceânico Central, que ligará o porto de Santos no oceano Atlântico com portos no Chile no oceano Pacífico, deve ser inaugurado em novembro.
O projeto dos governos brasileiro, chileno e boliviano apresentou atrasos devido a necessidade de várias obras em estradas, principalmente no trecho da Bolívia. No total, serão 3,8 mil quilômetros de estradas.
Nesta semana, os ministros das Relações Exteriores do Brasil e do Chile estiveram reunidos em Brasília para debater o assunto. Por meio de sua assessoria de imprensa o Itamaraty confirmou que Celso Amorim e seu colega  Alfredo Moreno estabeleceram como prazo de inauguração a primeira semana de novembro.
De acordo com o Ministério dos Transportes, o traçado do Corredor Bioceânico Central dentro do estado de São Paulo vai usar estradas que já existem (697 km) e terá como vias mais ideais para a logística a Via Anchieta SP-150, Rodovia Castelo Branco SP-280, Rodovia João Hipólito Martins SP-209 e a Rodovia Marechal Rondon SP-300. O percurso inclui cidades como Botucatu, Bauru e Lins, além de ficar próximo de Sorocaba e da Grande São Paulo.
Foram necessárias obras nas estradas do Mato Grosso do Sul, como restaurações em Corumbá.

Projeto é considerado estratégico
O Corredor Bioceânico Central é considerado estratégico para o governo brasileiro porque permitirá um acesso mais fácil e barato ao crescente mercado asiático.
Hoje os navios exportadores que saem do litoral brasileiro rumo ao Oceano Pacífico têm que fazer um percurso muito maior do que os 3,8 mil quilômetros previstos por estradas. Só na costa brasileira o navio percorre mais de 6 mil quilômetros, partindo de Santos até o extremo do Amapá. De lá, até  cruzar o Canal do Panamá (pagando taxas por isso) e desembocar no Pacífico, a jornada é de outros 5 mil km.
Por esses problemas o Ministério da Agricultura estima, por exemplo,  que o  produtor de soja da região Centro Oeste chega a gastar até 10 vezes mais pelo transporte até a China do que um agricultor norte americano
Contudo, o Itamaraty esclareceu que o tráfego  em novembro será um “prazo tentativo” de meta a alcançar porque na Bolívia ainda há cerca de 200 quilômetros de estradas ainda sem pavimentação. Além disso, nas próximas semanas serão definidas as normas aduaneiras, sanitárias e de trânsito homogêneas entre os três países.

Bovespa quer popularizar investimentos em ações


Com Pelé como garoto propaganda a BM&FBovespa lançou ontem em São Paulo uma campanha para popularizar os investimentos em ações no Brasil.
A estratégia primeiro é ensinar como funciona a Bolsa de Valores para os leigos. A campanha de educação financeira “Quer ser Sócio?” trará anúncios no mês que vem que vão destacar a trajetória esportiva de sucesso de Pelé no futebol para ilustrar alguns dos principais conceitos do investimento em ações.
A meta é ousada: aumentar os investidores pessoas físicas em ação do patamar atual de cerca de 600 mil para 5 milhões até o fim de 2014.
Segundo o diretor presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, a intenção é  a de “atrair o investidor de forma direta” e seguir a tendência de algumas bolsas do exterior que possuem alta parcela de sua população com capital na Bolsa, casos de Estados Unidos (90 milhões de investidores), China (40 milhões) e Japão (35 milhões).
Milhagens
Além de atrair novos investidores, Edemir contou ontem que planeja manter por mais tempo também  essas pessoas.  A forma adotada será um programa de bonificações para quem mantiver investimentos em ação por longo período. “A ideia é levar o método das milhagens, utilizados nos cartões de crédito e linhas aéreas, para as ações”, diz.
Em 2009, o segmento Bovespa registrou recorde de negócios no ano com  81,75 milhões de operações. No mês passado, a média diária de movimentação foi de
R$ 5,38 bilhões.


Mais informações
Campanha:  www.quersersocio.com.br (no ar a partir do dia 23)
Site oficial:  www.bmfbovespa.com.br

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

STJ julgará ressarcimento de planos econômicos

A discussão entre bancos e associações de defesa do consumidor sobre o ressarcimento por perdas na caderneta de poupança ganhou ontem mais um capítulo. 
O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Sidnei Agostinho Beneti realizou na tarde de ontem audiência com os bancos, entidades de defesa do consumidor e a Defensoria Pública da União sobre a questão. O STJ marcou para o dia 25 o julgamento de um recurso especial do tema.
Desde novembro as  ações individuais foram paralisadas para definir duas questões: os índices de correção  para o pagamento das perdas nos quatro planos econômicos e  o prazo de prescrição das ações.
Ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, o STJ disse que não divulgaria o resultado da audiência, mas informou se tratar de uma reunião para ouvir as partes interessadas. 
O Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), presente na audiência, manifestou ontem o temor que o STJ  encerre a maioria das ações civis públicas de planos econômicos, determinando que o prazo para o seu ingresso seja de cinco anos. O Idec defende um prazo de 20 anos e argumenta que  há estudos econômicos que mostram a total capacidade de pagamento que os bancos têm para ressarcir todos. 
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) foi procurada ontem para comentar essas polêmicas, mas não retornou as ligações até o fechamento desta edição.
Em outras oportunidades a Febraban já afirmou que  o prejuízo dos bancos poderia chegar a, ou superar,  R$ 130 bilhões. Caso o prazo de ingresso seja mesmo fixado em cinco anos, a Febraban espera que o número de ações caía drasticamente. 

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Nova bandeira de cartões, Elo vai focar as classe C, D e E

A nova bandeira Elo de cartões, lançada em abril pelos bancos Bradesco e Banco do Brasil, ganhou nesta segunda-feira mais um sócio: a CEF (Caixa Econômica Federal) também fará parte de uma empresa a ser constituída que fará a gestão da bandeira.

Em entrevista nesta segunda em São Paulo, os diretores dessas instituições financeiras falaram sobre seus planos, que pretendem conseguir 15% do mercado nacional em cinco anos.

O foco da nova bandeira serão as classes de renda menor, como as C, D e E, e a população não bancarizada do país, no setor de cartões de crédito, débito e vales.

A meta é que o primeiro cartão Elo esteja disponível em outubro deste ano. A CEF terá um terço de participação na holding (empresas em atuação conjunta) que administrará a empresa. BB e Bradesco terão outros um terço cada. O controle ficará com o Bradesco.

No memorando assinado nesta segunda, os três bancos também anunciaram que estudam aumentar a participação de hoje de 1,14% da CEF na Cielo, que tem Bradesco e BB com as maiores participações, 28,65% cada.

Preços menores
Durante a entrevista coletiva, o presidente do BB, Aldemir Bendine, afirmou que a Elo pretende oferecer preços menores. “Os produtos terão preços e condições diferenciados da concorrência”, fala.

Há hoje, de acordo com as instituições, cerca de 40 milhões de pessoas aptas a entrar nesse mercado de consumo do “dinheiro de plástico”.

A CEF também anunciou nesta segunda que estuda integrar o uso de seus caixas eletrônicos com o BB e o Bradesco. Os três bancos têm cerca de 100 milhões de clientes.



sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Abrir sites de pequenas empresas vai custar R$ 30

Uma ferramenta essencial para negócios hoje, a internet, vai ficar mais próxima para microempreendedores e pequenas empresas. A partir de outubro eles vão pagar apenas R$ 30 por ano por esse benefício.


O NIC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do .br), braço executivo do CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil), criou um domínio voltado apenas para as pequenas empresas, o “.emp.br”.

O NIC.br estabelecerá um memorando de entendimento com os provedores para que, no ato do registro de um domínio “.emp.br”, eles forneçam ao interessado uma página simples na internet com identificação, localização e atividade exercida.

O valor do registro dos domínios será reduzido para R$ 15 e, seguindo o acordo de entendimentos, o provedor oferecerá a hospedagem da página da pequena e microempresa por, no máximo, outros R$ 15, totalizando R$ 30 ao ano.

“A possibilidade de clientes encontrarem empresas de seu interesse facilmente será um grande ganho para a economia e para a sociedade como um todo”, diz Augusto Cesar Gadelha Vieira, coordenador do CGI.br.

Lista

A partir do dia 1º de setembro, o NIC.br manterá em seu site uma lista dos provedores que estarão habilitados a oferecer o registro do domínio sob o “emp.br” acompanhado de sua respectiva página na internet.

Segundo o CGI.br, atualmente cerca de 51% das empresas no país que usam internet já possuem um site.

Neste ano, já há mais de 2 milhões de domínios em geral registrados no país.




Mais informações

Site: www.nic.br

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Panini investe para Brasil ser líder em figurinhas

A Panini lança no domingo o álbum do Campeonato Brasileiro 2010 com a missão de manter uma conquista atingida este ano: manter o Brasil com o maior faturamento no mercado de figurinhas no mundo.

Ontem em São Paulo a Panini Brasil apresentou o projeto do Campeonato Brasileiro 2010. Serão investidos
R$ 5 milhões em toda a estratégia de produção e divulgação.

O presidente da Panini Brasil, José Eduardo Severo Martins, afirma que a empresa passou a apostar muito no Brasil depois dos resultados do álbum oficial da Copa de 2010. Foram atingidos cerca de 3 milhões de colecionadores e o Brasil teve o maior faturamento no mundo com o álbum da Copa, batendo a Alemanha, tradicional consumidora do Panini Group, grupo italiano que atua em mais de 25 países.

O diretor comercial e de marketing da Panini Brasil, Marcio Borges, espera que o álbum do Campeonato Brasileiro 2010 atinja 1,5 milhão de colecionadores.

“Contamos com essa febre do futebol no país. De agora até 2014 o assunto do momento será o futebol”, diz.

Novidades

Wilson Manfrinati, assessor de futebol da Panini Brasil, conta que o álbum deste ano foi reformulado para atrair mais público, de várias faixas etárias.

São 521 figurinhas autoadesivas representando todos os 40 times das Séries A e B, algo que a Panini não fazia há três anos. “Só com ele [álbum] completo vamos representar de fato o campeonato, todos os torcedores serão atendidos”, afirma.

As bordas das figurinhas serão douradas e pela primeira vez o álbum já trará lances do campeonato deste ano. Outra novidade é que todas as páginas dos clubes da Série A terão como destaque um ídolo que fez história e também um craque do clube no presente.

A publicação de 68 páginas também traz informações sobre atletas e clubes – os títulos de cada time, retrospecto contra rivais e classificação nos últimos anos.



‘Classes C e D já consomem mais’

Divulgação

Wilson Manfrinati e José Eduardo durante a apresentação do projeto ontem

O presidente da Panini Brasil, José Eduardo Severo Martins, afirma ter duas explicações para os bons resultados no país.

“Muito mais pessoas das classes C e D passaram a consumir mais. Hoje a compra de um álbum, de figurinhas adesivas, já cabe em qualquer orçamento”, diz.

Segundo o instituto Data Popular, as classes C e D, devem consumir este ano R$ 808,8 bilhões e as classes A e B, R$ 545,6 bilhões.

Outro motivo apontado por José Eduardo para o grande consumo de figurinhas no Brasil é que isto está inserido no mercado do torcedor. “Clubes e empresas já trabalham melhor no licenciamento de produtos no Brasil. Na Espanha, por exemplo, o álbum do campeonato já vende mais do que o da Copa”, conta.

O álbum do Campeonato Brasileiro 2010 só terá duas ausências. Os jogadores do Corinthians Ronaldo e Roberto Carlos não entraram em acordo sobre o pagamento de seus direitos autorais.

Novas contratações, como Valdívia (Palmeiras) e Belletti (Fluminense), vão entrar num encarte especial no próximo mês.





Saiba mais



Figurinhas

Serão 521 figurinhas autoadesivas de todos os 40 times das séries A e B do Campeonato Brasileiro 2010

São 68 páginas e a Panini Brasil diz que não existirão as chamadas "figurinhas difíceis" porque foi montado uma estrutura de distribuição logística por regiões do país

O envelope com 5 figurinhas vai custar R$ 0,75





Redes sociais

A Panini Brasil vai seguir o exemplo da Copa do Mundo e divulgar o álbum nas redes sociais. A empresa também afirma que essa estratégia facilita em muito a troca de figurinhas entre os colecionadores





Panini

Quem produz o álbum é o Panini Group, criado há quase 50 anos em Modena, Itália. A empresa publica desde 1961 álbuns de figurinhas de futebol e adquiriu os direitos exclusivos para a coleção oficial World Cup 2010 e 2014 - FIFA. Para a Copa de 2010 foram impressas 50 milhões de álbuns e 1bilhão de envelopes no mundo todo





Site

www.torcidapanini.com.br





Fonte: Panini Brasil