domingo, 27 de fevereiro de 2011

Desemprego registra menor taxa para meses de janeiro, diz IBGE

O desemprego no país subiu levemente no mês passado, mas os números continuam numa trajetória histórica de bons resultados. Foi o que mostrou ontem o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).




A taxa de desocupação (6,1%) subiu 0,8 ponto percentual em relação a dezembro (5,3%), mas caiu 1,1 ponto em relação a janeiro do ano passado (7,2%). Apesar da alta, essa foi a menor taxa para os meses de janeiro, desde 2003, início da série histórica da pesquisa.



A população desocupada no mês passado (1,423 milhão) cresceu 13,7% em relação a dezembro e caiu 15,6% em relação a janeiro do ano passado. Já a população ocupada (22,08 milhões) recuou 1,6% em relação ao mês anterior e cresceu 2,2% em relação ao mesmo mês em 2010.



O gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, comentou que os números mostram duas características importantes: o vigor atual da economia e a maior demissão dos temporários. “Isso mostra um mercado mais resistente, virtuoso, e que cresceu em relação ao ano passado”, disse por meio de sua assessoria sobre a taxa de desemprego de 6,1%.



Segundo ele, o Brasil está aproximadamente em 15º lugar no ranking das maiores taxas de desemprego entre as grandes economias. Antes da crise financeira mundial de 2008, o país estava em 2º lugar.



Temporários /Em relação ao aumento da população desocupada no mês passado (1,423 milhão), Cimar argumenta que era um número esperado e sazonal devido aos trabalhadores temporários. “Isso ocorre pela saída dos trabalhadores temporários, que só trabalharam neste período e depois não voltam a procurar emprego porque, por exemplo, voltam a estudar”, disse.



Quanto ao rendimento médio real dos trabalhadores, que ficou em R$ 1.538,30, foi visto aumento de 0,5% no mês e de 5,3% em um ano (veja detalhes por setor acima). Esse resultado do mês passado é o quarto melhor da história da pesquisa.



São Paulo lidera criação de empregos

Em relação à força de trabalho no país, ontem também o Ministério do Trabalho divulgou as estatísticas do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do mês passado.



O estado de São Paulo permaneceu como líder na geração de vagas. O saldo (diferença entre admissões e desligamentos) foi de 54,3 mil postos.



No país como um todo, em janeiro o ministério registrou a criação de 152.091 empregos formais de saldo. Foi o segundo melhor resultado para o mês, ficando abaixo, porém, do total criado no mesmo período do ano passado, quando foram abertos 181.419 postos de trabalho.



Ontem o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, fez a previsão positiva de que o Brasil vai gerar, este ano, cerca de 3 milhões de empregos formais. Mesmo com os problemas esperados para este ano, como o aperto na política monetária, inflação em tendência de alta e juros em alta, Carlos minimizou os efeitos. “Acho que é um esfriamento momentâneo”, disse ontem a jornalistas.

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