domingo, 13 de fevereiro de 2011

MPEs do Interior faturam R$ 169,5 bi

As MPES (micro e pequenas empresas) paulistas do Interior tiveram o maior faturamento no estado no ano passado, de 11,4% em relação a 2009. No total foram R$ 169,5 bilhões.


A pesquisa Indicadores Sebrae-SP divulgada ontem mostra que as MPEs paulistas encerraram o ano com receita total de R$ 305,8 bilhões, aumento real, descontada a inflação, de 9,6% ante 2009.

A região metropolitana de São Paulo veio em segundo lugar com R$ 136,3 bilhões. Esses resultados das regiões paulistas são os melhores da série histórica da pesquisa Sebrae-SP/Fundação Seade, iniciada em 1998.

Fatores/O bom desempenho das MPEs do Interior no ano passado pode ser explicado principalmente por dois fatores, segundo o Sebrae-SP.

O desempenho por setor na pesquisa mostra que a área de serviços teve o maior crescimento no ano passado (18,9%). São pequenos negócios como marcenarias, salões de beleza, padarias, entre outros, que tiveram bons resultados.

A consultora do Sebrae-SP, Letícia Aguiar, explica que esses empresários foram impulsionados no Interior pelo aumento da renda da população. “Isso se deveu a maior oferta de emprego e a alta do preço das commodities. Com mais dinheiro no bolso aumenta a demanda por serviços, como o de uma manicure. Milhares desses exemplos impulsionaram o faturamento”, afirma.

Segundo o Ministério do Trabalho, foram criados 2,5 milhões de empregos no ano passado no país, melhor resultado desde o início das pesquisas do ministério em 1992.

Já o mercado de commodities, que são produtos primários como soja, laranja, minérios, café, trigo, petróleo e açúcar, após o arrefecimento da crise financeira mundial vem apresentando seguidas altas de preços no mundo. O Brasil se beneficia disso por ser um dos maiores fornecedores de commodities do mundo.

A pesquisa do Sebrae-SP, que ouviu 1.326.354 milhão de micro e pequenas empresas do estado, afirma que 44% dos empresários esperam a manutenção dos bons resultados do ano passado neste ano e 34% esperam melhorar seu faturamento.
 
 
Commodities devem ter novas altas neste ano
As commodities caminham para novas altas este ano, após dois anos de fortes ganhos que elevaram recentemente o petróleo e os grãos para os maiores valores desde a crise financeira global.


E os analistas, em meio a preços recordes de outras commodities como o cobre, afirmam que o movimento de alta do ano passado ainda não foi concluído.

O setor de commodities em geral subiu 17% em 2010, ampliando o ganho de 23% do ano anterior, de acordo com o índice Reuters-Jefferies CRB.

O algodão, por exemplo, terminou o ano passado, com alta de 92%. O ouro subiu 30%, o melhor desempenho desde 2007, puxado pelo temor quanto à recuperação da economia global e pelo enfraquecimento do dólar no terceiro trimestre.

O milho subiu quase 52%, para cerca de US$ 6,30 dólares, acima dos 47% de ganhos do trigo e 35% da soja. O petróleo subiu 15% sobre 2009, terminando o ano passado em US$ 91 dólares por barril.

“Eu acredito que os fundamentos das commodities vão superar qualquer jogo de câmbio em 2011”, disse Sean McGillivray, vice-presidente da Great Pacific Wealth Management, empresa norte-americana especializada em gerenciamento em investimentos em commodities.

O atual cenário de alta das commodities pode ser explicado pelo aumento na demanda no mundo após a crise e problemas na oferta de alguns produtos, principalmente alimentos. Produtos como soja e milho estão voltando aos patamares de julho de 2008, período em que o mundo viveu a chamada crise dos alimentos.

Por isso, a França está em campanha no G20 – grupo das maiores economias desenvolvidas e emergentes do mundo – para emplacar novas regras para este mercado. Os governos do Brasil e dos EUA são contra. (Com agência Reuters)

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