A renúncia de Hosni Mubarak pode afetar o mundo todo do ponto de vista geopolítico. Há muitas dúvidas ainda sobre como será a transição egípcia e se extremistas islâmicos comandarão.
Para o Egito adotar um modelo de democracria islâmica de relativo sucesso, como a Turquia, seriam necessárias muitas reformas políticas e econômicas.
O Egito tem 80 milhões de habitantes, é o maior representante dos sunitas, além de aliado dos
EUA. Uma mudança de postura pode causar instabilidade militar no mundo.
Atualmente, além do Egito, os EUA só tem apoio dos países árabes com Arábia Saudita, Jordânia e os pequenos principados. Há temor também de como a principal força oposicionista egípcia, a Irmandade Muçulmana, vai agir.
Eles já declararam que apoiam colocar o atual acordo de paz com Israel em plebiscito. Há temor do Egito vir a se aliar com o Irã e com o Hamas na Palestina. Possíveis confrontos militares com Israel afetariam todo o mundo.
Nesse cenário, claro que o Brasil também poderia ser afetado negativamente, pois guerras no
Oriente Médio paralisam o globo.
Porém, pode haver um lado positivo. Caso realmente os EUA percam mais um aliado árabe, é possível que os norte-americanos procurem novas alianças no mundo. E o governo Dilma já deu sinais de que deseja uma aproximação maior com os EUA.
entrevista com Heni Ozi Cukier,
professor de Relações Internacionais da ESPM
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