Extrair todo o potencial de negócios, interatividade e informação das novas mídias para uso das MPEs (Micro e Pequenas Empresas) do estado de São Paulo. Essa é uma das principais metas do novo diretor superintendente do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Bruno Caetano, para este ano. (Veja arte ao fim da matéria)
Ele é ex-secretário estadual de comunicação e sucede Ricardo Tortorella, que foi para o cargo de diretor técnico do Sebrae-SP. Bruno falou ao BOM DIA dos planos de sua gestão, que incluem, além dos projetos de novas mídias, ações como mais formalização de empresas através do MEI (Microempreendedor Individual), novos cursos de capacitação e mais estímulos à competitividade.
Novo cenário /A aposta em trabalhar com novas mídias foi justificada por Bruno com uma constatação: as vendas de smartphones superaram recentemente a de computadores pessoais (PCs) no mundo. “Essa é uma tendência que também será observada no Brasil”, afirma.
Por esse motivo as metas são trabalhar com móbile site, tablets (dispositivos pessoais em forma de prancheta, que podem ser usados para acesso à internet), web TV, redes sociais, entre outras ferramentas (veja ao lado). O objetivo com isso é expandir toda a comunicação do Sebrae-SP com os pequenos empreendedores e também tornar mais fácil a eles o uso dessas ferramentas. Faz parte do planejamento dos Núcleos Digital e de EaD (Ensino à Distância) ações visando inclusão digital das MPEs que vão desde cursos a distância a tutoriais explicativos sobre desenvolvimento de sites.
Para se ter uma ideia, segundo estudo da consultoria IDC Brasil, as empresas brasileiras vão entrar de vez no mundo dos tablets neste ano com 30% a 40% das compras totais no mercado nacional, estimadas em 300 mil aparelhos.
De olho nesse potencial corporativo o governo federal também tem planos para tornar mais acessível a compra dos tablets, hoje com preços que variam entre R$ 599 a R$ 2.699, dependendo de promoções, do modelo e também se está no plano de alguma operadora de telefonia. Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, são estudadas medidas de incentivo na forma de crédito e menos tributação para ter preços para entre R$ 400 e R$ 500, mas a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) fala em valores possíveis entre R$ 800 e R$ 1 mil.
MEIs
A meta do Sebrae-SP é a formalização de 125 mil empresas com o MEI neste ano.
Até fevereiro, eram
54 mil MEI na Capital e 135 mil no interior de São Paulo.
Opinião
Ronaldo Fragoso, sócio-diretor da consultoria Deloitte Brasil
Planejar é ponto chave para vencer
O número de pequenas empresas que fecha antes de completar cinco anos ainda é muito alto no Brasil. O pequeno empreendedor precisa ter um planejamento prévio para abrir sua empresa. É necessário definir antes quais serão suas receitas, custos e lucro previstos para ver se o negócio é viável ou que ajustes podem ser feitos para chegar nesse objetivo. O planejamento financeiro, levando em conta todos os custos, aluguel e salários, vai evitar que o fluxo de caixa fique comprometido no futuro com empréstimos. Fatores como a escolha do ponto e que serviço diferenciado oferecer também são essenciais. A barreira crítica é vencer o primeiro ano, mas também é necessário fazer um planejamento de longo prazo, usando parte do lucro para treinar funcionários e reinvestir em inovação. Pequenas empresas têm também que pensar em inovação de tecnologia ou gestão. Elas têm que se reinventar todos os dias para manter clientes e conseguir novos. O Brasil tem atualmente um bônus demográfico, o ápice do número de pessoas em condição de produzir e consumir, que vai durar cerca de 20 anos. Nesse cenário as pequenas empresas terão muitas oportunidades, principalmente nas áreas de serviços, TI, hotelaria, construção, óleo e gás.
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